segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Shrek: Em Um Reino Tão Tão Distante

Fonte: Renata Duran (Backstage Musical)

Não tem quem não conheça a história do ogro mais querido do cinema. Shrek, O Musical, é baseado no filme de 2001, da DreamWorks, que conta a história do ogro Shrek, que, para recuperar seu pântano, acaba embarcando em uma aventura atrás da princesa, não tão comum assim, Fiona. O musical levou texto e letras de David Lindsay-Abaire, e musica de Jeanine Tesori.

O musical estreou na Broadway em dezembro de 2008. No elenco original estavam Brian d’Arcy James como Shrek, Sutton Foster no papel de Fiona, Daniel Breaker interpretando o Burro e Christopher Sieber como Lord Farquaad. Todas as produções têm que seguir à risca no filme, cada produção tem suas características, sendo possível diferenciar facilmente uma produção de outra. A montagem da Broadway, por exemplo, é a mais próxima do filme, cada detalhe é importante para passar exatamente a mesma imagem do filme, cada cena tem seu cenário gigantesco, e os figurinos transformam os atores nas criaturas mágicas, em muito espaço para novas criações.

A produção espanhola com certeza não é uma das preferidas dos fãs do musical. O musical estreou no país em setembro de 2011, no Teatro Nuevo Apolo, na cidade de Madri. No papel de Shrek estava Enrique Sequero, Silvia Villau no papel de Fiona e Jorge Bettancor como Burro. Os figurinos foram muito simples, o da Fiona, em especial, parecia que foi comprado em uma loja de fantasias, na maquiagem do Shrek aparecia claramente grandes partes do corpo que não foram cobertas pela tinta verde, os cenários são muito simples, e um tanto cansativos.

A montagem italiana estreou em outubro de 2012, no Teatro Nuovo, em Milão. Nicolas Tenerani interpretava Shrek, e a fofa Alice Mistroni fazia a Fiona, com muita energia. De longe essa não é uma das produções mais ricas do musical, é possível ver várias falhas, mas é impressionante como contornam essa situação. Mesmo com toda sua simplicidade, a montagem italiana é a que se deu mais liberdade para criação e se tornou visualmente maravilhosa, o cenário é formado por, principalmente, cortinas com lindas pinturas, e são criados vários efeitos com as luzes. Ainda compondo o cenários, um livro aberto gigantesco no chão, dando ideia de que tudo está acontecendo dentro das páginas, dos contos de fadas.

Também em outubro de 2012, estava estreando a produção holandesa, no Teatro RAI, em Amsterdã. O musical levava direção de Jeroen Dona e Eddy Habbema, coreografias de Martin Michel e adaptação de Allard Blom. No elenco, William Spaaij interpretava o ogro Shrek, Kim-Lian van der Meij estava brilhando no papel de Fiona e Rogier Komproe como Burro.

O cenário carrega cores bem fortes, tentando preencher cada canto do palco, mesmo grande parte sendo só em uma tela, dando um ar de realismo e vivacidade, que deixa tudo muito lindo. Na cena da música ‘What’s up, Duloc?’, por exemplo o castelo do Farquaad é claramente bem simples, mas as cores usadas dão um ar de grandiosidade. Uma das cenas que mais me chamou a atenção foi a da música “I Know It’s Today’, que, diferente de todas as outras produções, as Fionas ficam do lado de fora da torre.

O musical chegou aqui no Brasil em dezembro de 2012, tendo uma primeira temporada no Rio de Janeiro, no Teatro João Caetano. A montagem teve produção da Kabuki, direção de Diego Ramiro, direção musical de Marcelo Castro e versão brasileira do Claudio Botelho. O elenco do Rio contava com Diego Luri no papel de Shrek, a linda Sara Sarres como Fiona, Rodrigo Sant’Anna interpretando Burro e Marcel Octavio como Farquaad.

O musical chegou em São Paulo em setembro de 2013, no Teatro Bradesco, tendo grande parte do elenco alterado: A maravilhosa Giulia Nadruz interpretava Fiona, o Felipe Tavolaro como Farquaad e na metade da temporada Beto Sargentelli, que era cover do Burro, se tornou o Burro oficial. Os cenários tinham muitos traços abstratos, facilitando a passagem das cenas. O jeito que fazem referencias à outros musicais deixa qualquer fã louco, não tem nada melhor do que ver a bandeira de Les Mis em ‘Freak Flag’, ou ver os olhos de Cats, e escrito Rats na cena de ‘Moning Person’.

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